Daqui alguns dias, 2016 chegará em nossas vidas corridas com mais 365 dias em branco. E como vocês sabem, cabe a nós preenchê-lo da melhor forma. O meu eu já sei que terá o kit básico para sobrevivência: muitos livros, cafés, fotos, treinos e patas de gato. Além disso, o próximo ano será também de muitas batalhas que travei comigo mesma e com todos e tudo que me cercam.
Quem me acompanha por esse espaço reparou na minha ausência desde outubro. Confesso que tentei estruturar um bom motivo para essa escapadinha, afinal, muitas pessoas me ligaram e mandaram mensagens perguntando: “E o blog, como está?” ou “Tem texto novo para eu ler?”. Um amigo muito querido e que está há 8.100 km de distância de mim até me escreveu essa frase: “Eu ainda não descobri o que de tão ruim aconteceu com você para parar de escrever no blog, afinal, Roberta e bons textos não andam separados nesta vida.”. Mas sem sucesso.
A verdade, meus queridos leitores/amigos, é que eu não tenho esse motivo. Sabe aquele momento da vida que tudo está andando a 300 km por hora e você simplesmente segue o fluxo de qualquer jeito, esperando que o semáforo fique vermelho e você perceba que a rota deve ser alterada? Bom, acredito que os meus últimos três meses de vida podem ser resumidos exatamente assim.
E já que escrevi “últimos três meses” no paragrafo acima, aproveito para registrar que nesse período eu não deixei de fazer o que eu amo, mesmo sendo uma época corrida. Ou seja, muitos ingressos de cinema foram impressos, ouvi muitos clicks da minha T5I e capturei doces lembranças, li muitos livros, ganhei exemplares de pessoas especiais e usei os meus treinos na academia e parque como válvula de escape para não bugar a máquina que escreveu esse textão.
Em resumo, 2015 andou de lado para mim. E se você nunca ouviu esse termo, saiba que ele é famoso no mundo das exatas e bastante usado pelos estatísticos para falar que não houve evolução e/ou declínio no período avaliado. Na verdade, acho que até desisti dele em alguns momentos (olha eu sendo idiota na vida).
Mesmo assim, 2015 me presenteou com momentos e aprendizados intangíveis e sem valor de venda. Listo para vocês alguns deles:
- Adquirir a tão sonhada CNH me deu vontade de ter um carro e cair na estrada para conhecer todas as praias do litoral norte de São Paulo.
- Viajar sozinha para Uberlândia me mostrou as possibilidades de viver a vida mais feliz, mas para que isso se torne real eu preciso ter fé, paciência e dedicação.
- Buscar meu diploma na faculdade só reafirmou a minha escolha entre Jornalismo e Administração.
- Acompanhar a cirurgia do Nick me fez abrir os olhos para as armadilhas existentes no meu dia a dia. Já o adeus do Fred fez aumentar o meu amor pelos felinos que ficaram.
- Retornar para as aulas de inglês me despertou para algo que sempre gostei de fazer: aprender e ajudar as pessoas que estão do meu lado.
- Comer menos chocolate me trouxe mais felicidade. Verdade!
- Saltar de paraquedas é uma das melhores sensações que o ser humano pode ter na vida.
- Faltar nos treinos de Jiu-Jitsu só aumentou o amor que tenho pela arte suave e as saudades das horas a mais no tatame com a equipe. Em compensação, aprender a nadar durante a transição dos meus 22 para 23 anos me fez traçar objetivos e metas que terei o prazer de conquistar nos próximos dias.
É claro que também teve muita discussão, cabeça enfiada no travesseiro para soltar uns palavrões, decepções, desabafos e surpresas desagradáveis, mas isso eu faço questão de arquivar sem a tal checagem de praxe realizada nos textos publicados neste blog.
Por esses motivos e tantos outros eu só posso dizer para 2015 um muito obrigada por TUDO, principalmente pelas boas lembranças, momentos e reencontros. E para retribuir, suas últimas horas serão preenchidas com muitas outras boas ações.
Agora, eu e meu 2015 estamos ansiosos para lhe dar as boas vindas, 2016! Aproveita e traga junto a Coragem e a Fé, que a fé não costuma faiá.
Que venha um 2016 ainda melhor para todos vocês! (: